sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TRAZENDO DE VOLTA...

                                -  TAKE IT BACK  -
                        (Pin Floyd)

(Trazer de Volta)

"O amor dela chove em mim agradável como a brisa
Eu escuto sua respiração que parece as ondas no mar
Eu estava pensando sobre ela, queimando com raiva e desejo,
Nós estávamos girando em escuridão; e a terra estava em chamas

Ela poderia trazer isso de volta, ela poderia trazer isso de volta algum dia

Assim eu a espiono, eu minto para ela, eu faço promessas que eu não posso
cumprir
Então eu ouço a risada dela, vindo do fundo
E eu a faço provar o amor dela por mim, eu levo tudo aquilo que eu posso levar
(E) Eu a empurro até o limite, pra ver se ela irá suportar


Ela poderia trazer isso de volta, ela poderia trazer isso de volta algum dia


Agora eu tenho visto as advertências, gritando de todos os lados
É fácil ignorará-las, Deus sabe que eu tentei
Toda esta tentação, você sabe que transformou minha fé em mentiras
Até que eu não pudesse ver o perigo ou pudesse ouvir a maré subindo


Ela poderia trazer isso de volta, ela irá trazer isso de volta algum dia


Ela poderia trazer isso de volta, ela irá trazer isso de volta algum dia


Ela irá trazer isso de volta, ela irá trazer isso de volta algum dia"



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

TECELÃ DAS MARÉS...


"Há Mulheres que trazem o Mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da Alma
E trazem a Poesia nos dedos e nos Sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a Maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há Mulheres que trazem o Mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da Alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há Mulheres que são as Marés em noites de tardes 
e calma."
E Furor...

(((Sophia M. - in Obra Poética)))

domingo, 4 de agosto de 2013

DE ARGILA, COMO EU...


"Durante o sono retiraram-me uma costela 
Ficou-me no peito um vazio que não consigo preencher 
Custa-me a respirar 
Eu quero de volta a minha costela 
quero de volta todas as costelas 
Quero de volta o paraíso 
quero de volta o silêncio rumorejante 
quero de volta as poluições noturnas 
e diurnas 
Quero uma mulher 
feita de chuva
e vento 
e fogo 
e neve 
e luz 
e breu 
e não de argila 
como eu."

(((Jorge de Sousa Braga - in 'O Novíssimo Testamento e outros poemas')))

FOGO... E PELE.



Entra devagar no centro do fogo

guarda para dias mais trémulos e inseguros
as perguntas os medos a dor
que sobra sempre do desejo

entra como quem morre no centro do fogo

e bebe a cinza
que desenha os contornos da cama
onde os joelhos se despem do frio
que os prende à terra

entra como quem arde no centro do fogo

e deita na água do meu corpo
as sementes acesas no tempo
que por única herança
terás de mim
entra devagar no centro do fogo


Lavra-me..."

((Alice Vieira - 'Devagar no centro do fogo', in Dois Corpos Tombando na Água))