"Ela encosta-se à claridade mal o dia nasce
Invisível e silenciosa como um rastro de perfume
E é ninho e colo e beijo
Que se dá sem pressa na seda da pele.
Guarda inquietudes nas mãos
E é alquimista, feiticeira, fada do tempo
Na solidão, ao vento, secando as suas dores
Penduradas no varal do esquecimento.
Ela é âncora, farol, muralha, pilar,
Guardiã intemporal da torre da ternura.
Ela luta, cai derrubada pelo cansaço dos dias
E reergue-se nas noites pintadas de sombras
Para se dar ao amor sublime
Que faz inteira, com o seu corpo de navio.
Ela esconde a fome atrás de um sorriso
E serve o pão que amassa com as mãos feridas
Sobre a toalha alinhada, na mesa sempre posta.
Ela é labirinto, catacumba, cave, gruta,
Ela é terraço aberto, sótão, águas-furtadas.
Dentro do seu peito, aninha-se
Como um indecifrável segredo
A chave da vida, a clave da música.”
Invisível e silenciosa como um rastro de perfume
E é ninho e colo e beijo
Que se dá sem pressa na seda da pele.
Guarda inquietudes nas mãos
E é alquimista, feiticeira, fada do tempo
Na solidão, ao vento, secando as suas dores
Penduradas no varal do esquecimento.
Ela é âncora, farol, muralha, pilar,
Guardiã intemporal da torre da ternura.
Ela luta, cai derrubada pelo cansaço dos dias
E reergue-se nas noites pintadas de sombras
Para se dar ao amor sublime
Que faz inteira, com o seu corpo de navio.
Ela esconde a fome atrás de um sorriso
E serve o pão que amassa com as mãos feridas
Sobre a toalha alinhada, na mesa sempre posta.
Ela é labirinto, catacumba, cave, gruta,
Ela é terraço aberto, sótão, águas-furtadas.
Dentro do seu peito, aninha-se
Como um indecifrável segredo
A chave da vida, a clave da música.”
((ANA MATHEUS.))
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